sexta-feira, 27 de julho de 2012

Atração dos dias 07/08 e 08/08 - "Foi Carmen" - (Grupo de Teatro Macunaíma & Centro de Pesquisa Teatral do SESC)

            A morte de Carmen Miranda, em 1955, cobriu o Brasil de luto. Passados 50 anos, a cantora continua presente, seja pelas regravações de seus discos, pelos livros que a colocam como tema central do trabalho, pelos velhos filmes reprisados e mesmo em exposições e mostras de artes plásticas e de moda cujo tema remete-se à extravagância exuberante dos trajes que compuseram o visual de sua personagem. E a eternizaram. Espera-se para este ano uma série de homenagens lembrando a Pequena Notável, que depois de um sucesso fulminante no Brasil, tomou um navio e foi brilhar nos Estados Unidos, onde desenvolveu sua carreira de atriz, sem deixar de lado a marca registrada das altas sandálias, dos turbantes e balangandãs. Conquistou tão profundamente os americanos que horas antes de morrer, ainda participou de um dos programas de maior audiência do país. Uma das primeiras homenagens dos 50 anos acontece com a montagem de “Foi Carmen Miranda”, concepção delicada e carinhosa de Antunes Filho desenvolvida para lembrar a estrela. A montagem teve sua estréia nacional no Festival de Teatro de Curitiba e depois foi apresentada no Japão, para o mestre do Butô, Kazuo Ohno.
             Por tudo isso, pode-se dizer que este espetáculo tem uma visão muito particular e delicada, sem entrar em questões sociopolíticas adjacentes à artista. Nesse sentido, essa Carmen será sempre a do significado arquetípico: do herói que sai de sua terra, atravessando fronteiras, além-mar, para vencer em outras terras. O herói - homens brasileiros como Pelé, Fittipaldi, Senna a te mesmo Tom Jobim – que re-aparece, com seu olhar, seu gesto, sua dança, seu canto arcaico, sua vestimenta própria para a celebração, manifestando e re-vivendo o mito de uma essência quase esquecida, re-memorado no rito de hoje.
  
Elenco:                       Mariah Teixeira -         a Menina
                                   Lee Taylor  -              o Malandro
                                   Emilie Sugai    -          a que foi Carmen Miranda
                                   Patrícia Carvalho -      a Passista


Concepção e Direção:  Antunes Filho
Assistente de Direção:  Michelle Boesche
Trilha Sonora:  Raul Teixeira
Operador de Som:  Michelle Boesche
Iluminação:  Davi de Brito
Operação de Luz:  Danilo Costa
Figurinos e Adereços:  Jc Serroni
Assistente:  Juliana Fernandes e Rosângela Ribeiro
Restauração:  Rosângela Ribeiro


Duração: 50 minutos
Idade: 14 anos


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