sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Extensões / Mostra 2014



Foto:  Renato Domingos

Circulação 

Desde sua primeira edição, a Mostra vislumbra a possibilidade de estabelecer diálogos com outros festivais, trazendo e oferecendo extensões. Em 2013 foi realizada a primeira extensão. A Mostra levou a Campo Mourão a peça “Little People - Tennessee”, do Coletivo de Fingidores. A proposta agradou e surtiu bons resultados. Este ano, graças a aprovação do projeto no Edital Viapar Cultural, a Mostra conseguirá levar parte de sua programação de espetáculos e oficinas para 4 outras cidades (Marialva, Alto Paraná, Paranavaí e Sarandi), além do distrito de Iguatemi. 




Os Saltimbancos

Cansados da privação de liberdade e outros maus tratos, Jumento, Cachorro, Galinha e Gata fugiram dos lugares onde moravam para se tornarem músicos, para se tornarem Saltimbancos. O Jumento é o mais inteligente, é o líder do grupo. O cachorro, nervoso, atento, é o guarda-costas da equipe. A galinha trabalha, trabalha... E a Gata... bem, a Gata, como os outros três, também trabalha, mas trabalha encantando a todos: ela é uma Artista!!!
Os Saltimbancos é um musical infantil com letras de Sergio Bardotti e música de Luis Enríquez Bacalov, com versão em português e músicas adicionais de Chico Buarque. A adaptação do Coro Cênico é cantada toda a capela, com as vozes divididas em quatro naipes.
             Este ano, o compositor, dramaturgo e poeta Chico Buarque comemorou 70 anos de vida. Outra data que merece ser lembrada em 2014 são os 50 anos do Golpe militar de 1964, porém, sem ares de comemoração, mas, repito, deve ser lembrada. Como disse o grande poeta Jean Cayrol no filme de Alan Resnais (falecido no último dia 1º de março) no impactante documentário Noite e Neblina, de 1955, “nós que fingimos acreditar que tudo isso pertence a um só tempo e a uma só nação, e que não pensamos em olhar à nossa volta e que não ouvimos que se grita interminavelmente”.
             Na oportunidade, Jean Cayrol falava do nazismo, do fascismo. Chico fala da ditadura, ensinando desde cedo lições de atenção, de pensamento crítico.
            Saltimbancos é uma peça infantil que, mesmo depois de grandinhos, devemos assistir e assistir.
Ficha técnica:
Direção: Marcello Telles
Preparação de atores e iluminação: Marcio Alex Pereira
Elenco:
                Jumento: Danilo Xavier / Renan Ghiraldi
                Cachorro: Dhemy de Brito / Guilherme Veneral
                Galinha: Helen Belotti / Tanny Bogo
                Gata: Morgana Cassiano / Tata Pires
                Coro: Adreia Pavesi, Cris, Elias Coelho, Ivan Pinesi, Josi Lacar, Kesy Eleodoro, Laryssa Inoue, Laura B, Lígia Stropa, Luciana Fracalossi, Magnon Andrade, Paulo Vieira, Rogério Saddi, Ronald Barth.
Produção: Teatro & Ponto produções artísticas
Apoio: SESC Unidade Maringá

Dia 12 de outubro / Domingo
Marialva
Espetáculo musical “Os Saltimbancos a 4 vozes” - Coro Cênico SESC Maringá 
Horário: 16h30
Local: Teatro Sônia Maria Silvestre Lopes
Duração: 50 min
Recomendação Etária: Livre
Entrada franca. Retirada dos ingressos uma hora antes do início da peça na bilheteria do teatro.

Balada de Um Palhaço

Foto: Renato Domingos

Em mais uma das incontáveis paradas do Circo Espelunca, há cinco mil anos na trilha dos saltimbancos, Bobo Plin, o palhaço, está em crise: ele não quer ser um palhaço medíocre. Ele quer fazer sua Alma e, pra isso, tenta convencer Menelão, o dono do circo, a mudar o espetáculo. Menelão, de início, não concorda. Eles terão um profundo diálogo sobre vocação e acerca da verdadeira função de seu trabalho artístico. Surge uma dualidade: o materialismo, defendido por Menelão e o espiritualismo/idealismo idealizado por Bobo Plin. 
Depois da 'função', uma fracassada tentativa de Bobo Plin, e com o circo já vazio, o espetáculo ganha um novo tom. A questão torna-se ainda mais latente quando Bobo Plin se vê vencido pela mecanicidade, mas ainda sente-se empenhado na busca de seu objetivo e Menelão ainda tenta dissuadi-lo. 
No que parece a busca pela complementação da unidade ideológica do artista, os personagens, defendendo suas posições, acabam por retratar os dois reais impulsos comuns a toda profissão e atividade, o material e o ideológico.

A motivação de montar Balada de um Palhaço surgiu da Vontade de levantar uma discussão acerca da relação que muitas vezes há entre a má qualidade artística e a dificuldade financeira na profissão do artista. Vimos em Balada de um Palhaço, de Plínio Marcos, o discurso perfeito. Nosso objetivo era que o conflito vivido pelos personagens fosse compreendido de maneira universal no nível Vocacional. Buscamos isto na humanização dos personagens e na fuga dos estereótipos. O caminho encontrado e pesquisado foi a filosofia Taoísta que sugere dois princípios fundamentais da Existência e do Universo: o Yin e o Yang, opostos e complementares. Uma Dualidade também encontrada nos personagens do texto. Nas pesquisas, descobrimos o I Ching e seus Hexagramas (figuras que representam quantidades de energia) e a partir daí adaptamos o processo criativo dos atores às linhas dos hexagramas e suas equivalências energéticas, tendo sempre como fio condutor, a Dualidade que, a partir daí também passar a fluir pelo cenário, em seus tons e texturas, como também nos figurinos, no som e na luz. A encenação como um todo cumpre um jogo onde os personagens estão sempre em transito entre os "estados" Yin e Yang.

No contexto dual, segundo a filosofia Taoísta, o objetivo nobre é sempre a busca pelo Equilíbrio. E assim abordamos a obra: dois personagens desequilibrados, um no sentido Yin e outro no sentido Yang, e que encontram seu equilíbrio na presença um do outro.

Texto: Plínio Marcos
Direção: Coletiva 
Cenário: O grupo
Figurinos: O grupo
Concepção Musical: O grupo
Fotografia: Renato Domingos
Produção: O grupo
Tecnico:  José Antonio Rosalen

Elenco: Leiza Maria como Bobo Plin;

Lucas Fiorindo como Menelão;


Dia 13 de outubro / Segunda-feira
Alto Paraná
“Balada de Um Palhaço” (ATua Companhia de Teatro)
Horário: 20h30
Local: Casa de Cultura Walcyr Guandalini Gomes
Duração: 1h20min
Recomendação Etária: 16 anos
Entrada franca. Retirada dos ingressos uma hora antes do início da peça na bilheteria do teatro. 

OFICINAS

IGUATEMI 11 de outubro / Sábado
Oficina: “O teatro contemporâneo”
Oficineiro: Marcio Alex Pereira (Coletivo de Fingidores/Mgá)
Horário: 8h-12h
Local: Colégio Estadual Rui Barbosa.
Inscrições: ficha de inscrição no site www.mtcontemporaneo.art.br


SARANDI 18 de outubro (sábado)
Oficina: “O teatro contemporâneo”
Oficineiro: Marcio Alex Pereira (Coletivo de Fingidores/Mgá)
Horário: 8h-12h
Local: Ateliê das Artes, Rua José Munhoz, nº 295, sobreloja, Centro.
Inscrições: ficha de inscrição no site http://mtcontemporaneo.art.br



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