terça-feira, 5 de novembro de 2013

Atração do dia 09/11 - "Correntes" (LC Produções Cênicas/Maringá)


Dia 9/11 – sábado
20h30
“Correntes” (LC Produções Cênicas / Maringá)
Local: Auditório II – Unifamma (Av. Horácio Racanello)
Recomendação etária: 14 anos
Duração: 40 minutos
R$ 10 inteira e R$ 5 meia


O projeto “Correntes” nasceu do desejo da produtora e atriz Laura Chaves de voltar aos palcos após 13 anos sem atuar como atriz e trabalhando somente na direção de espetáculos adultos e infantis, sempre adiando esse retorno. Em 1998 participou da montagem do espetáculo “Em Família”(texto de Oduvaldo Viana Filho) junto com o amigo Luthero de Almeida. A necessidade de uma nova experiência a levou a ler alguns textos dramáticos, bem como a iniciar a busca pelos companheiros que poderiam participar dessa empreitada. 

A escolha do texto afirma sua crença em que o teatro tem papel importante na construção de um processo que possibilita reflexão e transformação social. E assim, após o conhecimento do texto escrito por Mayra Mugnaini, "Correntes Imaginárias", dá os primeiros passos desse projeto. Texto lido e alterado algumas vezes para melhor atender a proposta cênica. Tempos de pausa respeitados em decorrência de dificuldades pessoais e aí se vão quase três anos do início do projeto até o momento da estreia.

Durante esse período de idas e vindas, tanto o elenco quanto a direção tiveram que ser modificados por necessidades particulares. No final de novembro de 2011 a equipe se reuniu para construir o trabalho, reunindo os seguintes profissionais: Flávio Amado na direção e elenco inicial com Carla Almeida (atriz nas sete primeiras apresentações), Elizabety Barbosa e Laura Chaves. O figurino é de responsabilidade do design de moda André Chaves Peluso; o cenário é da arquiteta Dagmar Pugin e a iluminação de Zeton. Para a atual temporada o elenco foi modificado e a própria autora passa a vivenciar sua obra no palco – Mayra Mugnaini.

Com a disponibilidade de cada profissional que se propôs a trabalhar nesse projeto buscamos instigar o público por meio da expressão artística, provocando possíveis identificações que o levem à reflexão sobre as questões ligadas a vida, a morte, a velhice, ao amor, a ser feliz, o cuidar e o ser cuidado, as impotências e potências de se saber humano. 

Nos dia de hoje falar sobre as relações humanas passa pelas questões de como nosso país tem enfrentado o envelhecimento e todas as suas variantes.  A proporção de idosos vem crescendo a cada novo censo. Em 1991 as pessoas acima de 65 anos correspondiam a 4,8% da população. Em 2000 passaram para 5,9% e agora chegam a 7,4%, ou 14 milhões. O dado estatístico, segundo o Censo 2010, nos mostra como a questão do envelhecimento no país necessita de planos e ações que possam lidar com essa nova situação de maneira estruturada e madura.

Com o grande aumento da população idosa do país, o Alzheimer tem se apresentado de forma alarmante e para enfrentar a questão se faz necessário o conhecimento sobre o assunto.
A doença de Alzheimer foi descrita em 1906 pelo psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer. Ao fazer uma autópsia, descobriu no cérebro do morto lesões que ninguém nunca tinha visto antes. Tratava-se de um problema de dentro dos neurônios (as células cerebrais), os quais apareciam atrofiados em vários lugares do cérebro e cheios de placas estranhas e fibras retorcidas, enroscadas umas nas outras.

Essa doença é também conhecida como demência e erroneamente conhecida pela população como "esclerose" ou caduquice. É uma doença degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram (neurônios) de forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro.

A doença afeta a memória e o funcionamento mental (por exemplo, incapacidade de raciocinar, de compreender e falar, etc.), mas pode também conduzir a outros problemas, tais como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço. E faz diminuir a capacidade da pessoa de se cuidar (da higiene, do vestuário, de gerir sua vida emocional e profissional) não sabendo escrever e nem fazer contas simples e elementares.

O espetáculo “Correntes” trata do assunto sob um olhar artístico e a essência da proposta se dá nas relações humanas.  Na "mise em scène" a narrativa é utilizada como um convite à viagem a memória de cada um. A história atravessa as personagens em forma de um depoimento. A direção fez a escolha de não propor uma visão científica e terapêutica do processo degenerativo da doença, mas sim uma abordagem a partir da experiência emocional dos atores que visitaram doentes com alzheimer, imprimiram sensações e contam as suas relações e conflitos como "cuidadoras" de um personagem que sofre de alzheimer.

Ficha Técnica

Texto: Mayra Mugnaini
Direção: Flávio Amado
Elenco: Elizabety Barbosa, Laura Chaves e Mayra Mugnaini.
Cenário: Dagmar Pugin
Figurino: André Chaves Peluso


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