Dia 9/11 – sábado
20h30
“Correntes” (LC Produções Cênicas / Maringá)
Local: Auditório II – Unifamma (Av. Horácio Racanello)
Recomendação etária: 14 anos
Duração: 40 minutos
R$ 10 inteira e R$ 5 meia
O
projeto “Correntes” nasceu do desejo da produtora e atriz Laura Chaves de
voltar aos palcos após 13 anos sem atuar como atriz e trabalhando somente na
direção de espetáculos adultos e infantis, sempre adiando esse retorno. Em 1998
participou da montagem do espetáculo “Em Família”(texto de Oduvaldo Viana
Filho) junto com o amigo Luthero de Almeida. A necessidade de uma nova
experiência a levou a ler alguns textos dramáticos, bem como a iniciar a busca
pelos companheiros que poderiam participar dessa empreitada.
A
escolha do texto afirma sua crença
em que o teatro tem papel importante na construção de um processo que
possibilita reflexão e transformação social. E assim, após o conhecimento do
texto escrito por Mayra Mugnaini, "Correntes
Imaginárias", dá os primeiros passos desse projeto. Texto lido e
alterado algumas vezes para melhor atender a proposta cênica. Tempos de pausa
respeitados em decorrência de dificuldades pessoais e aí se vão quase três anos
do início do projeto até o momento da estreia.
Durante
esse período de idas e vindas, tanto o elenco quanto a direção tiveram que ser
modificados por necessidades particulares. No final de novembro de 2011 a
equipe se reuniu para construir o trabalho, reunindo os seguintes
profissionais: Flávio Amado na direção e elenco inicial com Carla Almeida
(atriz nas sete primeiras apresentações), Elizabety Barbosa e Laura Chaves. O
figurino é de responsabilidade do design
de moda André Chaves Peluso; o cenário é da arquiteta Dagmar Pugin e a iluminação
de Zeton. Para a atual temporada o elenco foi modificado e a própria autora
passa a vivenciar sua obra no palco – Mayra Mugnaini.
Com a disponibilidade de cada profissional que se
propôs a trabalhar nesse projeto buscamos instigar o público por meio da expressão artística, provocando possíveis
identificações que o levem à reflexão sobre as questões ligadas a vida, a
morte, a velhice, ao amor, a ser feliz, o cuidar e o ser cuidado, as
impotências e potências de se saber humano.
Nos dia de hoje falar sobre as relações humanas
passa pelas questões de como nosso país tem enfrentado o envelhecimento e todas
as suas variantes. A proporção de idosos vem crescendo a cada novo censo. Em 1991 as
pessoas acima de 65 anos correspondiam a 4,8% da população. Em 2000 passaram
para 5,9% e agora chegam a 7,4%, ou 14 milhões. O dado estatístico, segundo o Censo
2010, nos mostra como a questão do envelhecimento no país necessita de planos e
ações que possam lidar com essa nova situação de maneira estruturada e madura.
Com
o grande aumento da população idosa do país, o Alzheimer tem se apresentado de
forma alarmante e para enfrentar a questão se faz necessário o conhecimento
sobre o assunto.
A
doença de Alzheimer foi descrita em 1906 pelo psiquiatra e neuropatologista
alemão Alois Alzheimer. Ao fazer uma autópsia, descobriu no cérebro do morto
lesões que ninguém nunca tinha visto antes. Tratava-se de um problema de dentro
dos neurônios (as células cerebrais), os quais apareciam atrofiados em vários
lugares do cérebro e cheios de placas estranhas e fibras retorcidas, enroscadas
umas nas outras.
Essa doença é também conhecida como demência e erroneamente conhecida
pela população como "esclerose" ou caduquice. É uma doença
degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram (neurônios) de forma lenta
e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro.
A doença afeta a memória e o funcionamento mental (por exemplo,
incapacidade de raciocinar, de compreender e falar, etc.), mas pode também
conduzir a outros problemas, tais como confusão, mudanças de humor e
desorientação no tempo e no espaço. E faz diminuir a capacidade da pessoa de se
cuidar (da higiene, do vestuário, de gerir sua vida emocional e profissional)
não sabendo escrever e nem fazer contas simples e elementares.
O espetáculo “Correntes” trata do
assunto sob um olhar artístico e a essência da proposta se dá nas relações
humanas. Na "mise em scène" a narrativa é
utilizada como um convite à viagem a memória de cada um. A história atravessa
as personagens em forma de um depoimento. A direção fez a escolha de não propor
uma visão científica e terapêutica do processo degenerativo da doença, mas sim
uma abordagem a partir da experiência emocional dos atores que visitaram
doentes com alzheimer, imprimiram sensações e contam as suas relações e
conflitos como "cuidadoras" de um personagem que sofre de alzheimer.
Ficha Técnica
Texto: Mayra Mugnaini
Direção: Flávio Amado
Elenco: Elizabety Barbosa, Laura Chaves e
Mayra Mugnaini.
Cenário: Dagmar Pugin
Figurino: André Chaves Peluso
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