Dia 10/11 – domingo
20h30
“O Deus da fortuna” (Coletivo de Teatro Alfenim / PB)
Local: Oficina de Teatro da UEM
Recomendação etária: 10 anos
Duração: 105 minutos
R$ 10 inteira e R$ 5 meia
O dramaturgo alemão relata sua intenção de escrever uma peça inspirada na imagem desse deus, muito popular na China. Com base nessa alegoria, o Coletivo de Teatro Alfenim cria o
seu próprio Deus da Fortuna, totalmente identificado ao capital especulativo, e o faz surgir na propriedade de um capitalista à moda antiga, o Senhor Wang, para lhe revelar a “metafísica” do capitalismo financeirizado dos dias atuais. Afundado em dívidas em virtude da crise da produção do arroz e da seda, o Senhor Wang, manda erguer um altar em honra de Zao Gong Ming, o Deus da Fortuna, com a intenção de se salvar da falência. Porém as oferendas são inúteis e o proprietário vê-se obrigado a vender a própria filha a seu credor, como forma de amortização da dívida. Em meio aos rituais do matrimônio, o Deus surge à sua frente e lhe desvenda o futuro, com a condição de que seja erguido o grande Templo da Fortuna. O proprietário deixará as formas primitivas de acumulação do capital para dedicar-se à
especulação e aprenderá “como o ouro se transforma em pura aparência”.
Sintonizado com as novas formas imateriais de acumulação do capital esse acumulador primitivo irá saldar suas dívidas e erguer um novo templo ao Deus da Fortuna, o templo da especulação financeira. Em tempos de crise sistemática do capitalismo, cuja lógica é a de se alimentar de trabalho não pago e da promessa fictícia de que o capital especulativo promoverá a felicidade futura, comprometendo não apenas as gerações de hoje como também as gerações vindouras, o Coletivo de Teatro Alfenim experimenta a comédia com o propósito de desmascarar a maquinaria teatral utilizada para escamotear a lógica criminosa do capital especulativo e seus derivativos “metafisicantes”.
FICHA TÉCNICA:
Dramaturgia e direção: Márcio Marciano
Atuação: Adriano Cabral, Lara Torrezan, Paula Coelho, Ricardo Canella, Suellen Brito, Vítor Blam.
Direção de arte e figurinos: Vilmara Georgina
Direção musical: Mayra Ferreira e Nuriey Castro
Cenário: Márcio Marciano
Iluminação: Ronaldo Costa
Produção executiva: Gabriela Arruda
Realização: Coletivo Alfenim
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