sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Atração do dia 26/08 - "Cartas de Rodez" (Amok/RJ)



“Não quero que ninguém ignore meus gritos de dor e quero que eles sejam ouvidos”. 
Antonin Artaud

O espetáculo é uma seleção de cartas do ator, poeta e dramaturgo francês Antonin Artaud à seu psiquiatra, Doutor Ferdière, durante o período em que esteve internado como louco no manicômio de Rodez, de 1943 a 1946.
As cartas são um diálogo desesperado de Artaud com seu médico e, através dele, com toda a sociedade.
No espetáculo, não procuramos imitar Artaud nem nos separar completamente dele. Trata-se de uma transposição para a cena do poeta e de sua situação.
A construção deste espetáculo nos levou a estabelecer um diálogo teatral entre Antonin Artaud e Etienne Decroux: dois homens pertencentes à mesma geração, que romperam com seus predecessores e fundaram o trabalho do ator sobre uma ciência precisa e rigorosa do corpo. Quisemos confrontar suas pesquisas, suas visões, imaginar o ator como um hieróglifoanimado, desenhando o espaço com seus gestos e golpeando forte o ar com o sopro. 



Cartas de Rodez estreou em 1998 no Instituto Philipe Pinel no Rio de Janeiro e recebeu o prêmio Shell de Teatro de melhor direção para Ana Teixeira e melhor ator para Stephane Brodt.
O espetáculo recebeu também o prêmio Mambembe de melhor espetáculo, além da indicação de melhor direção para Ana Teixeira.

"'Cartas de Rodez' é um espetáculo emocionalmente e excepcionalmente cuidado. É teatro no que ele faz de melhor: por intermediário de uma rica experiência estética, nos ensina (latu sensu) um pouco mais a respeito de comportamentos humanos e conduz à reflexão."
Barbara Heliodora - O Globo / Rio de Janeiro


"Ana Teixeira realiza um trabalho simplesmente notável. Trata-se de uma montagem irretocável e que nos leva a crer que estamos diante de uma encenadora com belíssima trajetória a sua frente. Quanto a Stephane Brodt, o público carioca tem a rara oportunidade de ver em cena um ator, na plena acepção do termo. Brodt possui vastíssimos recursos, tanto vocais como corporais e a isto somarmos uma impressionante capacidade de entrega, o resultado só poderia ser uma atuação que o espectador jamais esquecerá. Simplesmente imperdível."
Lionel Fischer - Tribuna da Imprensa / Rio de Janeiro

"A dualidade é interpretada a fundo por Brodt, num impecável trabalho onde o físico e o gestual foram medidos com exatidão, sem exageros, apoiados no domínio da voz, além dos delírios de Artaud."
Graciela Pedraza - La Voz del Interior / Argentina



Autor: Antonin Artaud
Tradução: Llilian Escorel
Adaptação: Ana Teixeira / Stephane Brodt
Direção: Ana Teixeira
Elenco: Stephane Brodt
Cenário: Ana Teixeira
Iluminação: Wilson Reiz / Stephane Brodt
Música: Charles Ives,  Shostakovich.
Figurinos: Amok Teatro
Projeto gráfico: Paolo Lima
Divulgação: Pangéia Comunicações
Fotos: Renata Collaço

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